Entrei na Universidade de Évora! Oh…não há lá GBU…e agora?

Texto de Joana Figueiredo

No ano letivo 2020/2021 entrei na Universidade de Évora, em Canto Jazz. Já não era o meu primeiro contacto com o Ensino Superior visto que em 2017 tinha frequentado o curso de Enfermagem em Coimbra, então a Universidade já não era um mundo novo para mim. Nem o GBU.

No meu 12º ano, tinha aos poucos começado a frequentar o GBU Coimbra (um grupo já bem estabelecido), principalmente um dos núcleos que se reunia perto da minha escola. No meu 1º e 2º ano de Enfermagem passei a estar muito envolvida.

No entanto, em Évora foi diferente. Não havia GBU, e agora? O que fazer? Não conhecia outros estudantes cristãos. E de facto eu sabia que bastava haver pelo menos dois estudantes comprometidos que quisessem estudar a Bíblia juntos para um “grupo” começar. No entanto, como vinha muitos fins-de-semana a Coimbra não tinha ainda tido oportunidade de ir a nenhuma igreja em Évora e por isso ainda não conhecia muitos estudantes cristãos, embora soubesse que os havia.

Foi a meio do 1º semestre que um colega da minha turma me enviou uma mensagem a dizer que viu coisas do GBU no meu Instagram e perguntou se eu era cristã. É verdade, numa turma de 12 pessoas tinha um colega cristão! 

Em Março de 2021 convidei-o para participar do Fórum Nacional de Formação, que nesse ano foi on-line, devido à pandemia. Depois disso, a assessora dos grupos pioneiros marcou uma conversa connosco para conversar um pouco mais sobre o GBU e nesse dia decidimos começar a estudar a Bíblia juntos todas as semanas enquanto GBU de Évora. Até ao fim do ano letivo juntámo-nos todas as semanas – primeiro online e depois presencialmente – um grupo de 3/4 estudantes.

Ao longo deste tempo tem havido momentos de muito entusiasmo mas também momentos de desmotivação. Mas tem também havido tempo para refletir e recordar a missão e a visão do GBU – os eventos nacionais têm sido muito bons nesse sentido.

Um desses eventos foi o CNE de Maio de 2021 em que falámos sobre a passagem de pasta e sobre a soberania de Deus em tudo o que acontece no GBU. Foi um grande encorajamento e desafio: confiar em Deus, com a certeza de que é Ele que sabe e controla tudo o que acontece no GBU, não nós.

Esta não foi a primeira ocasião de desmotivação seguida de ânimo renovado. Já no início deste ano letivo, após o CNE de Outubro, fui surpreendida com 6 a 8 estudantes no núcleo e um jantar de Natal com 10 pessoas.

Tem sido muito bom estudar a Bíblia com os estudantes. Neste momento somos um grupo só de cristãos e temos sido encorajados, através da Segunda Carta de Pedro, a juntar à nossa fé a virtude, ”e o conhecimento à virtude, e o domínio próprio ao conhecimento, e a perseverança ao domínio próprio, e a piedade à perseverança, e a fraternidade à piedade, e o amor à fraternidade” (1:5-7). Pois como diz Pedro, se essas coisas existirem e aumentarem em nós, elas não nos deixarão ociosos nem infrutíferos no pleno conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo (v. 8). E tal como Pedro, na sua carta, nos lembra e relembra, o desafio é que nós, enquanto GBU de Évora, também possamos nos lembrar uns aos outros destas coisas, crescendo na graça e no conhecimento do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. E que vivamos como quem realmente conhece a Verdade, partilhando-a com os nossos colegas.
“A ele seja dada a glória, agora e na eternidade. Amém.”